terça-feira, junho 28, 2005

O que acontece quando ficamos de coração partido.


Há uma relação estreita entre a capacidade de amar e as recordações da infância e da adolescência.

Diz a antropóloga Helen Fisher, da Universidade de Rutgers (Nova Jersey, Estados Unidos), que o ser humano se mantém fiel toda a vida ao tipo de pessoa por quem se apaixona, que é sempre o msm embora possa ter diferentes rostos; deste modo, o cérebro forja, entre os 6 e os 18 anos, um padrão amoroso que fica registado e se irá repetir sucessivas vezes até á morte.


“Á medida que o tempo passa”, acrescenta a cientista, “vamos incorporando determinados valores, ideias e princípios até completarmos o nosso arquétipo.”

Quando encontramos uma pessoa que se enquadra nesse perfil, o cérebro desencadeia uma série de reacções químicas que nos permitem apaixonarmo-nos. “aumenta a produção de dopamina, a substância química cerebral responsável pela satisfação e pelo prazer, e produz-se uma espécie de loucura temporária”.

A atracção amorosa tb faz aumentar a produção de feniletilamina, uma substância que age como estimulante e, em níveis elevados, contribui para o bem estar.

A reacção química é levada pelas veias até ao coração, acelerando-o e expandindo a capacidade pulmonar até aos limites ignorados. Felizmente, a paixão amorosa é passageira e, quando os padrões bioquímicos do cérebro regressam á normalidade, a relação torna-se mais calma. in Super Interessante